...não digais muitas palavras... (Mateus 6, 7-15)
O Fidelíssimo não obedece ao novo acordo ortográfico.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Um Santo Natal 2011.

A estagnação do estado de coisas nos últimos anos, antes o seu agravamento, desencoraja-me na elaboração da minha súmula anual. Seria, supostamente, uma condensação de felicidade, mas persiste em não passar, sempre e apenas, de um desacreditado, cansativo e enfadonho voto de esperança. Creio que isso será sempre: Esperança.

Os Portugueses que, mais uma vez, não haviam escolhido, seguem de mão dada o "sonho europeu". O projecto europeu é de tal complexidade, e o seu custo de tal magnitude, que remeteu em transe as várias áreas de governação. Excepto a financeira. Toda uma Nação ficou cativa de um défice orçamental. Desprovidos do nosso livre arbítrio, aguardamos pelo destino que vacila entre o indesejável federalismo e o perigoso nacionalismo. Entre um e outro, estou certo que há algo de que não devemos fugir: trabalho e solidariedade.

As directivas europeias (franco-alemãs, em concreto) parecem-me insuficientes para a gravidade nacional, pois não compreendem a latitude de toda a idiossincrasia portuguesa. Já não se trata de reformas, mas de uma profunda Restauração. Interna e desinteressada. Neste contexto, impõe-se aos portugueses uma ampliação do conceito de Restauração. Não nos limitemos como sendo apenas política. Frequentemente minimizado, o conceito de Restauração Monárquica constitui-se global, portanto, política, económica, ambiental, cultural, moral e anímica.

A História de Portugal ensina-nos que as soluções para as graves crises foram de natureza interna. Porque o verdadeiro interesse só pode ser nosso.

Recorramos ao consolo da intemporalidade e do universalismo dos valores cristãos, tão fortemente radicados na génese da nossa cultura portuguesa. Eis a fonte da nossa força e da fé que nos projectará no futuro.

Um Santo Natal em Cristo.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, Rainha de Portugal!

"Mais do que qualquer outro tempo do Ano Litúrgico, o Advento é tempo de Maria, pois é nele que A vemos em mais íntima relação com o Seu filho, ao Qual está unida «por vínculo estreito e indissolúvel» (LG. 53).

Se o Senhor veio ao meio dos homens, se Ele vem ainda, é por meio de Maria. N’Ela se cumpre, na verdade, o mistério do Advento.

Embora, na sua origem e no seu princípio, a Solenidade da Imaculada Conceição, que vem do século XI, não nos apareça em ligação com o Advento, contudo ela é uma verdadeira festa do Advento. Ela é a aurora que precede, anuncia e traz em si o Dia novo, que está para surgir no Natal.

Enaltecendo a Virgem Maria, esta Solenidade, em vez de nos desviar do Mistério de Cristo, leva-nos, pelo contrário, a exaltar a obra da Redenção, ao apresentar-nos Aquela que foi a primeira a beneficiar dos seus frutos, tornando-se a imagem e o modelo segundo o qual Deus quer refazer o rosto da Humanidade, desfigurado pelo pecado.

Assim como na aurora se projecta a luz do sol, de cujos raios ela tira a vida, assim em Maria Imaculada se reflecte o poder do Salvador que está para vir: a Seus méritos Ela deve, com efeito, o ter sido «remida de modo mais sublime» (LG. 53).

Festa de Advento, a Solenidade da Imaculada Conceição constitui uma bela preparação para o Natal."

(Ecclesia)