...não digais muitas palavras... (Mateus 6, 7-15)
O Fidelíssimo não obedece ao novo acordo ortográfico.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Inevitavelmente CDS-PP.

É sempre com alguma dificuldade que muitos republicanos ouvem falar das opções partidárias dos monárquicos. Esta dificuldade radica na ignorância dos republicanos em perceber o regime que é a Monarquia Parlamentar ou Constitucional, a qual é advogada pela esmagadora maioria dos monárquicos portugueses. Neste contexto, é tão grande a ignorância dos republicanos, talvez mais anti-monárquicos, quanto a paciência para esclarecer, repetida e incansavelmente, o que é a Monarquia Parlamentar. Não sei como poderá ser tão complexa esta concepção quando, aqui ao lado, vigora este preciso regime. Também aqui se poderá justificar a ausência de convicção republicana que é substituída pelo anti-monarquismo tão assinalável na massa ignorante portuguesa. Mas, novamente: existe o Rei, que arbitra, sob isenção gélida e total, o espectro partidário. Pronto.
Conheço no Movimento Monárquico, naturalmente, portugueses de todos os quadrantes político-partidários, e a sua heterogeneidade constitui o que mais enriquece a doutrina monárquica: o respeito pela diversidade política garantido por um Chefe de Estado Natural e Real. Este é o cerne da Monarquia: um presidente é sempre parcial, é sempre incompleto, é sempre marginal, porque é eleito por uma fatia popular. Um presidente só pode representar quem o elege. Quem não o elege só pode sentir-se órfão de representatividade e aguardar pelo acto eleitoral seguinte. A república é assim, composta de fragmentos, de parcelas, de vazios: sem unidade, sem unidade política, sem unidade histórica. É simplesmente triste.
Na esfera partidária, todavia, devemos escolher.
Houve anos em que me empoleirei nas árvores e subi aos postes, para fixar tarjas e colar cartazes. Na altura era um PPD/PSD em bom rigor doutrinário, liberal na economia e conservador na moral. Era um partido que transmitia personalidade, objectivo e determinado nos princípios e nos valores. Um partido do Povo, da liberdade e do trabalho. Um partido que libertou Portugal das teias de um Estado omnipresente e asfixiante. Não haja dúvida que “menos Estado, melhor Estado”. O PPD/PSD, devemos-lhe isso, acordou e lembrou que a sociedade é livre, que o indivíduo é livre. Livre para trabalhar, livre para viver, livre para criar. Lembrou que o indivíduo não tem que estar à espera do Estado para viver e para trabalhar. A sociedade que eu defendo é uma sociedade das pessoas, não do Estado! Estado regulador sim, e obrigatoriamente. Estado intrometido não. Nunca. Mas parece que quanto mais nos distanciamos do desaparecimento de Francisco de Sá Carneiro, mais o PPD/PSD se torna descaracterizado, indefinido, vazio de princípios e de valores. O que defende hoje o PPD/PSD? Na minha opinião, parece perceber apenas de economia e de finanças. Nada mais…um Partido que nem sequer sabe o que pensar do aborto…e foi no seguimento desta posição (ou da falta dela…), que deixei de me identificar com o Partido e devolvi o meu cartão de militante…
Não fui eu que mudei. Os Partidos parecem igualmente mudar, provavelmente, em função daquilo que lhes interessa. E sobretudo, objectivamente, no sentido de recolher condições que garantam a sua sobrevivência. Mas nesta perspectiva há casos ainda mais emblemáticos…o PCP já fala em PME’s, o PS arquivou o socialismo…Factores que se prendem com a grande ordem mundial, designadamente a queda do muro de Berlim, a queda da União Soviética, o processo de construção da União Europeia, levaram os Partidos a uma desenquadramento doutrinário. Este reajustamento não foi feito, ou feito tardiamente. Presos às cores e longe das ideias que fundaram, hoje não sabem o que dizer, baralham tudo…Não se trata de fundamentalismo mas de respeito pelos ideais e pela doutrina. Foi o que aconteceu com os processos de expulsão do PCP, com a deslocação conceptual de Manuel Alegre, Seguro, Manuel Monteiro, etc. A democracia é viva, e tem que se auto-renovar e acompanhar a ordem mundial.
Se for necessário encerrar um Partido, então que se encerre, a bem da transparência, da coerência e da democracia. É preciso criar um novo, então que se crie.
Parece vir aí o Bloco Central, e eu não sei o que é isso…eu gosto de caminhos claros, de metas, de objectivos, de políticas concretas. O Bloco Central transmite-me a ideia de gestão corrente: um PS com pouco de esquerda e um PPD/PSD com pouco de Direita…quatro anos de empate e de indecisão, a meu ver.
Com um PPD/PSD completamente descaracterizado, sem personalidade marcante, para um conservador como eu, não me resta alternativa: vou votar CDS-PP. Na verdade, não fosse algum eurocepticismo na sua história, sinto que teria votado CDS desde sempre, pois o meu perfil é integralmente democrata-Cristão.
O CDS pode ter essa certeza: muitos portugueses deixaram de votar CDS porque não tinham nada contra a União Europeia. Foi uma bandeira que custou caro ao Partido.
Verifico que o CDS-PP é o único Partido com um discurso claro e objectivo. Um Partido que se preocupa com a desertificação do interior do País, que se preocupa com a agricultura portuguesa, que se preocupa com as Forças Armadas, que defende uma sociedade com moral, radicada na Família. Um Partido que defende o respeito. Um Partido que sabe que a Educação é uma estratégia central, mas consciente que o sucesso apenas se consegue com trabalho, exigência e rigor. Não é baixando a fasquia aos alunos para poder subir as percentagens de sucesso escolar, mas fazendo os alunos passar a fasquia. Um Partido que, sem hipocrisias, afirma que é preciso respeito e autoridade: autoridade aos professores e às forças de segurança. Um Partido que defende o mercado livre, da livre iniciativa, com responsabilidade e seriedade. Um Partido que exige do Estado tanto quanto este exige das pessoas. Um Partido que percebeu que são as empresas que geram riqueza e emprego. Um Partido que, com respeito pelo cidadão do mundo que todos somos, não esquece que os portugueses estão primeiro. Um Partido que defende o trabalho, como fonte de sustento. Um Partido que, neste contexto, tem respeito pela aplicação e gestão dos impostos. A sociedade é constituída e mantida pelo trabalho. Um Partido que defende a notoriedade, a História e a memória de Portugal. Com admiração pelo seu passado, e cuja glória projecta no futuro.

sábado, 5 de setembro de 2009

Alauario et Salinas.

"No documento de doação testamentária efectuada pela condessa Mumadona Dias, ao mosteiro de Guimarães em 26 de Janeiro de 959, consta a referência a "Suis terras in Alauario et Salinas", sendo esta a mais antiga forma que se conhece do topónimo Aveiro. No século XIII, Aveiro foi elevada à categoria de vila, desenvolvendo-se a povoação à volta da igreja principal, consagrada a S. Miguel e situada onde é, hoje, a Praça da República (conhecem outro nome para uma praça em Portugal?...), vindo esse templo a ser demolido em 1835. Mais tarde, D. João I, a conselho de seu filho, Infante D. Pedro, que, na altura, era donatário de Aveiro, mandou rodeá-la de muralhas que, já no século XIX, foram demolidas, sendo parte das pedras utilizada na construção dos molhes da barra nova. Em 1434, D. Duarte concedeu à vila privilégio de realizar uma feira franca anual que chegou aos nossos dias e é conhecida por Feira de Março. Em 1472, a filha de D. Afonso V, Infanta D. Joana, entrou no Convento de Jesus, onde viria a falecer, em 12 de Maio de 1490, efeméride recordada actualmente, no feriado municipal. A estada da filha do Rei teve importantes repercussões para Aveiro, chamando a atenção para a vila e favorecendo o seu desenvolvimento. O primeiro foral conhecido de Aveiro é manuelino e data de 4 de Agosto de 1515, constando do Livro de Leituras Novas de Forais da Estremadura. A magnífica situação geográfica propiciou de Aveiro, desde muito cedo, a fixação da população, sendo a salinagem, as pescas e o comércio marítimo factores determinantes de desenvolvimento. Em finais do século XVI, princípios do XVII, a instabilidade da vital comunicação entre a Ria e o mar levou ao fecho do canal, impedindo a utilização do porto e criando condições de insalubridade, provocadas pela estagnação das águas da laguna, causas estas que provocaram uma grande diminuição do número de habitantes - muitos dos quais emigraram, criando póvoas piscatórias ao longo da costa portuguesa - e, consequentemente, estiveram na base de uma grande crise económica e social. Foi, porém e curiosamente, nesta fase de recessão que se construiu, em plena dominação filipina, um dos mais notáveis templos aveirenses: a igreja da Misericórdia. Em 1759, D. José I elevou Aveiro a cidade, poucos meses depois de ter condenado por traição, ao cadafalso, o seu último duque, título criado, em 1547 , por D. João III. Por essa razão à nova cidade foi dado o nome de Nova Bragança em vez de Aveiro. Esse nome foi mais tarde abandonado, voltando a cidade à denominação anterior. Em 1774, a pedido de D. José, o Papa Clemente XIV instituiu uma nova diocese, com sede em Aveiro. No século XIX, destaca-se a activa participação de aveirenses nas Lutas Liberais e a personalidade de José Estêvão Coelho de Magalhães, parlamentar que desempenhou um papel determinante no que respeita à fixação da actual barra e no desenvolvimento dos transportes, muito especialmente, a passagem da linha de caminho de ferro Lisboa-Porto, obras estas de capital importância para o desenvolvimento da cidade, permitindo-lhe ocupar, hoje em dia, lugar de topo no contexto económico nacional." Aspecto do Canal Central e Feira de Março, no começo do séc. XX. No Rossio, fica a Capela de S. João, demolida em 1910. Foto de Henrique J. C. de Oliveira.

Instituto Cultural D. Isabel I, a Redentora.

Aqui fica um convite, muito especial para o Povo Brasileiro, pela minha plena comunhão com os princípios e os valores defendidos. Pela evidente noção de que é pela Educação que se funda e cimenta a pessoa humana. Os sucessivos governos portugueses republicanos não têm percebido este facto. Os sucessivos governos portugueses republicanos têm abdicado do rigor e da exigência, numa política medíocre e de profundo facilitismo. Numa perspectiva de que existem mais direitos do que deveres, e num estúpido conceito de que o homem não pode ser sujeito à exigência. Quem percebeu os frutos desta política, é natural que prefira e convide à Educação. Um abraço para o Império do Brasil: "Prezado(a) Amigo(a), O Instituto D. Isabel I (IDII) foi fundado em 13 de Maio de 2001, no Salão Nobre da Imperial Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, para atuar na sociedade brasileira em defesa da memória da Redentora. Somos uma organização não-governamental (ONG), que visa, sobretudo, o fomento da CULTURA BRASILEIRA. Nesse ínterim, pretendemos nos destacar na sociedade civil como árduos defensores da EDUCAÇÃO. Nosso objetivo precípuo é o resgate de nossa História e a valorização da Civilização Brasileira, nas mais variadas formas e manifestações que ela toma. Fortalecendo os vínculos com as antigas e as novas instituições sociais de amparo aos menos favorecidos, visamos construir um futuro de perenidade e pujança para nossos filhos e netos. Sem EDUCAÇÃO, nada disso é possível. Associe-se a nós e seja, Você também, um(a) neoabolicionista! Para tanto, você deve visitar — e convidar quantos possa a fazer o mesmo — nossa página na Internet: http://www.idisabel.org.br/ Na seção FILIE-SE, Você preenche o formulário, envia e aguarda nosso retorno. Contamos com Você! Muito cordialmente, Os Conselheiros do IDII."