Passei há uns dias, um fim-de-semana em Castelo Branco. Uma cidade que testemunhou o absuso das invasões francesas, nobre por isso, e devidamente respeitável pelo penhor que tem sofrido pela política de completo abandono do interior, tão típica deste regime clandestino protagonizado pela república. A paisagem é lindíssima. Vaga. Entre a pedra e a verdura. Num curto espaço de tempo, deixamos o campo para chegarmos aos túneis luminosos do centro da cidade. O contraste bem justifica o desenvolvimento desmesurado e desproporcionado de quem esteve enclausurado tempo demais. Do centro só me apatece voltar para o campo e prever o perfume de um dos melhores queijos nacionais. No centro, qual amazónia no mundo, o Jardim do Paço Espiscopal, constitui um pulmão verde não orgânico, mas espiritual. São João Baptista está ao centro. É notável. Não foi só imaginar Sua Excelência Reverendíssima, D. João de Mendonça, Bispo da Guarda, que funda o Jardim em 1725, errando pelos seus curtos trilhos. O seu paramento aveludado deslizando entre pedrinhas e folhas caídas. Na verdade, num conceito maior, e pela sua intelegentíssima concepção, o Jardim compreende as mais importantes faculdades-chave do Homem e da humanidade: a Fé, a Lisura, a Morte, a Caridade, a Sabedoria, entre outras. Compreende, igualmente, uma dimensão astrológica, que procura, eventualmente, posicionar o Homem e a Terra, no universo em que nos encontramos, e a sua interacção. Numa perspectiva mais histórica e patritótica, o Jardim representa os Reis de Portugal numa escadaria, posicionando de lado os Reis de Castela Usurpadores da Corôa Portuguesa, e noutra escadaria, os Santos Apóstolos. No topo, um lago fundo, representando uma passagem bíblica, da qual "de uma rocha sairia água". Ao mesmo tempo, pela sua dimensão considerável, o largo lago visa reflectir o Céu na Terra (como tem sido impossível!..). Em suma, o Jardim é fantástico e pelo seguinte: o Jardim revela que, na altura, e como monumento público, há uma concepção do Homem pelo mundo, muito mais profunda, muito mais significativa, muito mais próxima de Deus, muito mais telúrica, muito mais espiritual, muito mais histórica e patriótica do que nos dia de hoje. Este é um dos sinais de que o Homem, convencido de que é mais feliz e moderno, está, na verdade, cada vez mais atrasado e fútil. É por esta razão que escolhi, de entre tantas estátuas em pedra (originalmente em bronze pilhadas pelos franceses): a Fé. Precisamente porque é a que mais necessitamos. Se passar em Castelo Branco, por favor, passe no Jardim do Paço Espiscopal e...levite.sábado, 13 de dezembro de 2008
O Jardim do Paço Episcopal, de S. João Baptista. Castelo Branco.
Passei há uns dias, um fim-de-semana em Castelo Branco. Uma cidade que testemunhou o absuso das invasões francesas, nobre por isso, e devidamente respeitável pelo penhor que tem sofrido pela política de completo abandono do interior, tão típica deste regime clandestino protagonizado pela república. A paisagem é lindíssima. Vaga. Entre a pedra e a verdura. Num curto espaço de tempo, deixamos o campo para chegarmos aos túneis luminosos do centro da cidade. O contraste bem justifica o desenvolvimento desmesurado e desproporcionado de quem esteve enclausurado tempo demais. Do centro só me apatece voltar para o campo e prever o perfume de um dos melhores queijos nacionais. No centro, qual amazónia no mundo, o Jardim do Paço Espiscopal, constitui um pulmão verde não orgânico, mas espiritual. São João Baptista está ao centro. É notável. Não foi só imaginar Sua Excelência Reverendíssima, D. João de Mendonça, Bispo da Guarda, que funda o Jardim em 1725, errando pelos seus curtos trilhos. O seu paramento aveludado deslizando entre pedrinhas e folhas caídas. Na verdade, num conceito maior, e pela sua intelegentíssima concepção, o Jardim compreende as mais importantes faculdades-chave do Homem e da humanidade: a Fé, a Lisura, a Morte, a Caridade, a Sabedoria, entre outras. Compreende, igualmente, uma dimensão astrológica, que procura, eventualmente, posicionar o Homem e a Terra, no universo em que nos encontramos, e a sua interacção. Numa perspectiva mais histórica e patritótica, o Jardim representa os Reis de Portugal numa escadaria, posicionando de lado os Reis de Castela Usurpadores da Corôa Portuguesa, e noutra escadaria, os Santos Apóstolos. No topo, um lago fundo, representando uma passagem bíblica, da qual "de uma rocha sairia água". Ao mesmo tempo, pela sua dimensão considerável, o largo lago visa reflectir o Céu na Terra (como tem sido impossível!..). Em suma, o Jardim é fantástico e pelo seguinte: o Jardim revela que, na altura, e como monumento público, há uma concepção do Homem pelo mundo, muito mais profunda, muito mais significativa, muito mais próxima de Deus, muito mais telúrica, muito mais espiritual, muito mais histórica e patriótica do que nos dia de hoje. Este é um dos sinais de que o Homem, convencido de que é mais feliz e moderno, está, na verdade, cada vez mais atrasado e fútil. É por esta razão que escolhi, de entre tantas estátuas em pedra (originalmente em bronze pilhadas pelos franceses): a Fé. Precisamente porque é a que mais necessitamos. Se passar em Castelo Branco, por favor, passe no Jardim do Paço Espiscopal e...levite.segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Voltar a Restaurar Portugal!
Celebramos hoje a Restauração da Independência de Portugal, ocorrida em 1640. Permito-me realçar a data de 12 de Outubro, dia que reuniu alguns notáveis patritóticos, no sentido de poder devolver Portugal aos Portugueses. E Graças a Deus, conseguiram. É disto que se trata quando falamos de Restauração, que é da Independência e da Restauração de Portugal mas também dos Portugueses. É, igualmente, um acto de máxima cidadania e de patriotismo, que revela um profundo amor à Nação e ao seu Povo. Permito-me também sugerir que os Jantares dos Conjurados (Causa Real) sejam, simbolicamente e, em memória destes grandes Portugueses, no dia 12 de Outubro. Prestaríamos, deste modo, uma justa homenagem à sua coragem. Por outro lado, gostaria que este projecto dos que se reuniram a 12 de Outubro de 1640, constituísse um exemplo de coragem, de cidadania e de patriotismo para todos os Portugueses. Para aqueles Portugueses que, vendo o seu País penhorado e cativo pela burla e corrupção generalizadas (bem pior que o próprio domínio filipino...), possam exteriorizar a sua indignação e Restaurar Portugal, restituindo-lhe a dignidade e a prosperidade a que tem direito. Bem sabemos que não há justiça nem transparência no serviço à causa pública em Portugal. Estas duas lacunas têm constrangido a nossa Semi-Democracia. Hoje, não é só um dia em que se pode faltar ao trabalho. É um DIA-EXEMPLO, um DIA-LIBERDADE, um DIA-VONTADE, um DIA-PORTUGUÊS, mas, sobretudo, uma DIA DE AUTO-DETERMINAÇÃO e, por isso, um DIA-LIVRE. Coragem para aqueles que continuam a conjurar por Portugal! É justo lembrar D. João IV, é urgente chamar o senhor D. Duarte, Duque de Bragança!
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