...não digais muitas palavras... (Mateus 6, 7-15)
O Fidelíssimo não obedece ao novo acordo ortográfico.

domingo, 9 de novembro de 2008

O Segredo.

O segredo. O código do segredo. O segredo secreto. A fórmula. O códex. A fórmula do códex e o códex secreto. A fórmula secreta do códex. O segredo do segredo: Teremos despertado assim, subitamente, para uma dimensão de mistério? De divino? De ténue e sublime oculto? Por outro lado, será que estamos enrolados apenas numa rede puramente comercial que, estimulando a curiosidade do homem, vende a "ideia" de Deus e os desígnios de Deus para o mundo?...Será genuína esta fonte inspiradora, e será ela inspiradora, que debita, nesta pontual vaga comercial, páginas e páginas de mistério e o desvendar do mais secreto do oculto? Será plausível falarmos de uma exploração de uma curiosidade fútil? Poderemos nós concluir que o sucesso destas publicações radica na total ausência da cultura e do culto espiritual do homem moderno e da sociedade fria, materialista e mundana que este criou? Indiciará este sucesso, simultaneamente, a sede espiritual do homem? Como explicar a ausência da exteriorização desta nova procura interna humana? Não deveria esta nova leitura ter consequências visíveis no comportamento humano? Como definir a fronteira entre a idoneidade do autor, de um conteúdo desta natureza, da sua ética e, sobretudo, dos seus propósitos, com a respectiva massiva produção literária a que temos assistido? Será que o homem tenta agora procurar viver tão intensamente a interioridade como tem procurado um centro comercial? De que estaremos à procura: de uma satisfação de curiosidade ou da verdadeira felicidade? Para reflectir ou para comprar? Será que teremos em breve "O segredo do segredo do segredo"?...

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