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sábado, 16 de agosto de 2008

Reabriu a Sé de Aveiro.

Nós somos as pedras que verdadeiramente necessitam de constante restauro. Mas sem prejuízo de cuidarmos daquelas que edificam, materialmente, a Casa do Senhor. Reabriu a Catedral de Aveiro, após cerca de quatro meses de obras. E eu fui lá ver. É sempre altamente gratificante verificar preservado o nosso património..."A Diocese de Aveiro, sufragânea da Arquidiocese de Braga, foi criada pelo papa Clemente XIV, mediante o breve Militantis Ecclesiae gubernacula, de 12-04-1774, a pedido do monarca D. José I, abrangendo uma área destacada do território da Diocese de Coimbra; em 24-03-1775 deu-se execução ao documento pontifício. O rei ficou com o direito de padroado. A catedral foi instalada na igreja da Misericórdia e, mais tarde, em 1830, na igreja que fora do extinto Recolhimento de S. Bernardino. Nas suas primeiras seis décadas, teve apenas três bispos. Em 01-04-1845, após alguns anos de certa confusão canónica no governo eclesiástico, o arcebispo de Braga foi também constituído no cargo de administrador apostólico da Diocese, para a qual nomeou sucessivamente vigários gerais ou governadores - o que aconteceu até à sua extinção pela bula do papa Leão XIII Gravissimum Christi Ecclesiam regendi et gubernandi munus, de 30-09-1881, executada em 04-09-1882. Pela bula Omnium Ecclesiarum, de 24-08-1938, o papa Pio XI restaurou-a, dando-lhe novos limites, com oitenta e duas freguesias de dez concelhos, desmembrados das Dioceses de Coimbra (Águeda, Anadia, Aveiro, Ílhavo, Oliveira do Bairro e Vagos), do Porto (Albergaria-a-Velha, Estarreja e Murtosa) e de Viseu (Sever do Vouga); foi então elevada a catedral a secular igreja do extinto Convento de S. Domingos e matriz da Paróquia de Nossa Senhora da Glória. A sentença executória da restauração deu-se em 11-12-1938. Da antiga à actual Diocese. A Diocese de Aveiro, com a sede na cidade do mesmo nome, foi criada em 12-04-1774 pelo papa Clemente XIV (breve Militantis Ecclesiae gubernacula), nos termos em que lhe fora solicitado por el-rei D. José I, em 28-09-1773, a fim de se fazer uma partilha da “disforme extensão do Bispado de Coimbra”, separando-se ao norte “a comarca de Esgueira para nela constituir uma nova diocese, a que sirva de cabeça a cidade de Aveiro, constituindo a mesma comarca o território da nova diocese” (ARQUIVO DO VATICANO, Processo Consistorial nº 166, fls. 41,v-42). Esta comarca ou provedoria de Esgueira, nos finais do séc. XVIII, agrupava 71 freguesias, com mais de 20 000 fogos e cerca de 75 000 habitantes. Para executar o breve apostólico, o papa escolheu o núncio Mons. Inocêncio Conti, com o poder de subdelegar; efectivamente, presidiu ao acto o arcebispo titular de Lacedemónia e vigário geral de Lisboa, D. António Bonifácio Coelho. A cerimónia realizou-se em 24-03-1775 na igreja da Misericórdia, também elevada a catedral. Seguiram-se três bispos: 1) D. António Freire Gameiro de Sousa (1774-1799)2) D. António José Cordeiro (1801-1813) 3) D. Manuel Pacheco de Resende (1815-1837)4) Dr. António de Santo Ilídio da Fonseca e Silva (nomeado pelo Governo Português, mas não confirmado pelo Vaticano)Por decreto de 26-02-1840, o Governo de D. Maria II ainda nomeou e apresentou ao papa o beneditino portuense Dr. António de Santo Ilídio da Fonseca e Silva para prelado de Aveiro, o qual, sem esperar a confirmação pontifícia - que nunca obteve - entrou na posse da diocese, em 18.10.1840. Como tal situação anti-canónica se arrastasse, a Santa Sé em 01-04-1845 (breve Cum Episcopatus) nomeou o arcebispo de Braga também administrador apostólico de Aveiro; a partir de então, vigários gerais ou governadores do bispado, designados sucessivamente pelo metropolita primaz, sustentaram aqui o governo eclesiástico. Apesar de alguns esforços contrários, apressou-se o enfraquecimento da diocese e acelerou-se o processo da sua extinção - este enquadrado no plano dos governos liberais em reduzir o número dos bispados no Continente. Ao cabo de longas negociações, o papa Leão XIII subscreveu a bula Gravissimum Christi Ecclesiarum regendi et gubernandi munus, de 30.09.1881, com que suprimiu as dioceses de Aveiro, Castelo Branco, Elvas, Leiria e Pinhel. A execução da bula foi confiada ao cardeal-bispo do Porto, D. Américo Ferreira dos Santos Silva, que, em 04.09.1882, assinou a respectiva sentença. O rio Vouga ficou sendo o limite geográfico entre as Dioceses de Coimbra e do Porto, salvo excepções de lugares de freguesia; a paróquia das Talhadas, no concelho de Sever do Vouga, foi transferida para a Diocese de Viseu. Restauração da Diocese. Não se conformaram muitos aveirenses com a supressão da diocese; assim, quase imediatamente, principiou um movimento em ordem à sua restauração, que mais se acentuou a partir de 1924. Após porfiados trabalhos e generosas dedicações, em que se destacou o aveirense D. João Evangelista de Lima Vidal, a diocese acabaria por ser reconstituída, com novos limites, pelo papa Pio XI, (bula Omnium Ecclesiarum, de 24-08-1938, executada em 11-12-1938); a igreja citadina de Nª Senhora da Glória que, desde 1423 até 1834, fez parte do conve. nto dos padres dominicanos, foi elevada à categoria de catedral. Desde então teve os seguintes bispos: 1) D. João Evangelista de Lima Vidal (1940-1958)2) D. Domingos da Apresentação Fernandes (1958-1962)3) D. Manuel de Almeida Trindade (1962-1988)4) D. António Baltasar Marcelino (1988-2006)5) D. António Francisco dos Santos (2006 -)." Fonte: Anuário da Diocese de Aveiro e Museu S.Pedro da Palhaça.

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