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sábado, 12 de julho de 2008

Que Planeamento e Arquitectura Urbanística para Portugal?



Quando, no verão de 1994, cheguei à lindíssima cidade de Bath, Inglaterra, para mais um curso de Inglês, através da maravilhosa Royal School of Languages de Aveiro, fiquei com a sensação de que tinha chegado a uma cidade de legos. E esta sensação resultou da coerência das linhas arquitectónicas de Bath, e do seu planeamento urbanístico: Quem não conhece, por exemplo, o Royal Crescent, do Séc. XVIII, de estilo Neo-Clássico Georgiano? É verdadeiramente notável. Bath é hoje visitada por milhares de turistas e é das mais belas cidades de Inglaterra. Líndissima sob todos os ângulos. De cor clara na fachada, verdíssima nos jardins e parques. Em cima, Pulteney Bridge.
Por seu lado, apresento aqui um pormenor da minha querida cidade Natal, Aveiro, no centro da cidade, aliás, exactamente, no sítio onde nasci, na antiga Casa de Saúde. Numa só perspectiva, 3 linhas arquitectónicas distintas e separadas no tempo, todas em tão poucos metros: primeiro, do lado esquerdo, um moderníssimo edifício; em frente, uma prédio antigo, de construção simples, mas de pé alto, quase apalaçado; e lá atrás, rasgando o céu de Aveiro, o famoso edifício semi-moderno da Segurança Social...Estamos afinal em que cidade? Com que planeamento? Que traça arquitectónica tem a cidade de Aveiro? Que tipicidade é que temos e que queremos? Tenhamos consciência de que o processo de desenvolvimento urbanístico se pode constituir cada vez mais irreversível...Porque é que nos orgulhamos sempre das casas riscadas da Costa Nova e fazemos precisamente o contrário em Aveiro? Mas esta minha preocupação é extensível a todas as localidades de Portugal...

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