A um dia de completar o magnânime 867º aniversário de Portugal, prefere-se falar do residual centenário de uma organização ilegítima a que chamam república. A um dia da notável data, registo que, em observância geral, não houve uma referência a Zamora e ao aniversário da fundação de Portugal. Que estranho. Que ridículo. Que irresponsabilidade. Registo um regime de paternidade que educa os seus alunos para serem órfãos. Que os motiva para serem nada. Para cidadãos cinzentos perdidos na enorme cidade que é a globalização. Somos sim um produto cinzento. Descaracterizado. Sem alma. Sem coração. Um miserável que tenta pagar as contas. Que não passa da miséria, mas que faz questão de celebrá-la. Que ridículo. Eu não comemoro o centenário da república. Porque não sei quem é. Porque ninguém a escolheu. Porque roubou o meu País. Roubou-o e omite-o. Esconde-o. Envergonha-o. Corrói o cimento glorioso de oito séculos de história. Eu comemoro Portugal. Fomos respeitados no passado, somos gozados no presente. E temos que levar com isto. Registo um povo que teima que ter valores é uma coisa do passado. Que a liberdade é ter tudo e não ser nada. Que é não pensar em nada. Que a Nação é uma fardo pesado de levar às costas. A república veio doutrinar que oito séculos de prestígio são peso a mais. Que é preciso romper com esta glória, e assim cada um vai à sua vida…que esquece Portugal para celebrar um regime…que inconsistente nacionalismo…que incoerente sentimento pátrio…que estranho um regime que esconde a própria Nação que governa, que se envergonha dela, que se sobrepõe a ela…a república prefere celebrar-se a ela que a Portugal. É este o regime que temos. Ninguém escolheu, mas temos. É nesta medida que os monárquicos são a alma de Portugal, do Portugal anestesiado e penhorado. Cabe-nos a nós, monárquicos, cumprir o projecto de 5 de Outubro de 1143. Eu não comemoro o centenário da república. Eu comemoro Portugal. Amanhã estou em Guimarães. Viva o Rei! Viva Portugal!
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
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