...não digais muitas palavras... (Mateus 6, 7-15)
O Fidelíssimo não obedece ao novo acordo ortográfico.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Um Santo Natal 2012.


Sem surpresa, assistimos a um ano de convulsão social, cujos protestos apresentaram já algumas características semelhantes ao protesto público mundial, não só no Médio-Oriente, radicado, parcialmente, na violência. Fenómeno impróprio da cultura portuguesa. É um sinal.

Tornou-se evidente a falência do regime e do tipo de democracia que asfixia Portugal. Infelizmente, foi necessária a violação das mais básicas necessidades dos cidadãos para que estes, publicamente, viessem reprovar os sistemas político e económico em que vivemos. Foi tarde demais. Não deveria ser assim: admitamos que, ao não reprovar estes sistemas ao mais leve sinal da sua corrupção, o povo revelou-se débil e irresponsável no exercício da cidadania e, porque não afirmá-lo, com notas de algum egoísmo na sua relação com a causa pública.

"A economia sobrepôs-se à dignidade da vida humana", afirmou D. Jorge Ortiga. É a frase do ano e, temo, a dos próximos.

Houve, todavia, a consciência e a constatação da necessidade urgente de "refundar" o Estado. Esta poderá e deverá constituir o ponto de partida para, presentes e abertos ao mundo, recuperar a nossa autonomia política e económica. Recuperar a nossa liberdade individual e colectiva. Recuperar a nossa cultura, património e a nossa indústria. Recuperar a nossa sociedade com base na Família, na Vida e no bem-comum. Recuperar a nossa auto-estima, orgulho e prestígio. Recuperar o nosso sentimento de pertença, de missão e a nossa espiritualidade. Recuperar Portugal é este o processo. Um processo libertador o qual, convictamente, apenas se poderá concretizar pela via da Restauração Monárquica de Portugal.

Procuremos, entretanto, uma moderação eficaz: sejamos menos violentos e mais interventivos na vida nacional, dia-a-dia. Menos fúteis e mais exigentes com o Governo, dia-a-dia. Assumamos que o destino é nosso e não do arco governativo, dia-a-dia. Sejamos uma sociedade exigente e permanentemente fiscalizadora, dia-a-dia. Para que Portugal seja nosso…sempre!

Deus nos guarde e a Portugal.

Um Santo Natal em Cristo,

Mário Neves
Causa Real - Real Associação da Beira Litoral

domingo, 18 de dezembro de 2011

Um Santo Natal 2011.

A estagnação do estado de coisas nos últimos anos, antes o seu agravamento, desencoraja-me na elaboração da minha súmula anual. Seria, supostamente, uma condensação de felicidade, mas persiste em não passar, sempre e apenas, de um desacreditado, cansativo e enfadonho voto de esperança. Creio que isso será sempre: Esperança.

Os Portugueses que, mais uma vez, não haviam escolhido, seguem de mão dada o "sonho europeu". O projecto europeu é de tal complexidade, e o seu custo de tal magnitude, que remeteu em transe as várias áreas de governação. Excepto a financeira. Toda uma Nação ficou cativa de um défice orçamental. Desprovidos do nosso livre arbítrio, aguardamos pelo destino que vacila entre o indesejável federalismo e o perigoso nacionalismo. Entre um e outro, estou certo que há algo de que não devemos fugir: trabalho e solidariedade.

As directivas europeias (franco-alemãs, em concreto) parecem-me insuficientes para a gravidade nacional, pois não compreendem a latitude de toda a idiossincrasia portuguesa. Já não se trata de reformas, mas de uma profunda Restauração. Interna e desinteressada. Neste contexto, impõe-se aos portugueses uma ampliação do conceito de Restauração. Não nos limitemos como sendo apenas política. Frequentemente minimizado, o conceito de Restauração Monárquica constitui-se global, portanto, política, económica, ambiental, cultural, moral e anímica.

A História de Portugal ensina-nos que as soluções para as graves crises foram de natureza interna. Porque o verdadeiro interesse só pode ser nosso.

Recorramos ao consolo da intemporalidade e do universalismo dos valores cristãos, tão fortemente radicados na génese da nossa cultura portuguesa. Eis a fonte da nossa força e da fé que nos projectará no futuro.

Um Santo Natal em Cristo.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, Rainha de Portugal!

"Mais do que qualquer outro tempo do Ano Litúrgico, o Advento é tempo de Maria, pois é nele que A vemos em mais íntima relação com o Seu filho, ao Qual está unida «por vínculo estreito e indissolúvel» (LG. 53).

Se o Senhor veio ao meio dos homens, se Ele vem ainda, é por meio de Maria. N’Ela se cumpre, na verdade, o mistério do Advento.

Embora, na sua origem e no seu princípio, a Solenidade da Imaculada Conceição, que vem do século XI, não nos apareça em ligação com o Advento, contudo ela é uma verdadeira festa do Advento. Ela é a aurora que precede, anuncia e traz em si o Dia novo, que está para surgir no Natal.

Enaltecendo a Virgem Maria, esta Solenidade, em vez de nos desviar do Mistério de Cristo, leva-nos, pelo contrário, a exaltar a obra da Redenção, ao apresentar-nos Aquela que foi a primeira a beneficiar dos seus frutos, tornando-se a imagem e o modelo segundo o qual Deus quer refazer o rosto da Humanidade, desfigurado pelo pecado.

Assim como na aurora se projecta a luz do sol, de cujos raios ela tira a vida, assim em Maria Imaculada se reflecte o poder do Salvador que está para vir: a Seus méritos Ela deve, com efeito, o ter sido «remida de modo mais sublime» (LG. 53).

Festa de Advento, a Solenidade da Imaculada Conceição constitui uma bela preparação para o Natal."

(Ecclesia)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Acolythus

Pese embora a elevação espiritual que sentira outrora, como acólito, esta nova fase em que sirvo o Ministério do Acolitado, terá o primado do pleno sentimento de comunhão com Cristo, do pleno sentido em toda a atitude e em todo o gesto, da plena noção de toda a simbologia. Nesse sentido, o Crisma terá constituído, para mim, um segundo Baptismo, no qual cessa o acólito funcional e orgânico, e nasce um, pleno de sentimento, de consciência, de comunhão, de espírito e de coração.

sábado, 12 de novembro de 2011

Em memória dos 90 anos da morte de D. Isabel I a Redentora.

"Por fim debilitou-a uma grande fraqueza. Cumprira, aliás, sua missão. O marido revira por ela as roseiras de Petrópolis, transpusera por ela os umbrais de São Cristóvão, visitara o seu Paço Isabel.

E a 14 de novembro de 1921 fechava para sempre aqueles olhos cheios da lembrança do Brasil; emudeciam aqueles lábios que convocaram um dia João Alfredo para uma grande jornada;

paralisava-se aquela mão que com a pena de ouro e brilhantes, declarara a liberdade de uma raça!

Falecia a grande filha de Pedro II, certa de poder obter, ela também, a “Justiça de Deus na Voz da História”.

Lourenço Luiz Lacombe, 1989

sábado, 13 de agosto de 2011

«Virgo fidelis!»

"No dia 15 de Agosto a Igreja celebra a festa da Assunção de Nossa Senhora aos céus. "Pensa em Santa Maria, a cheia de graça, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito Santo: no seu Coração cabe a humanidade inteira sem diferenças nem discriminações. Cada um é seu filho, ou sua filha." (S. Josemaría, Sulco, 801).

2003/08/14

Assumpta est Maria in coelum gaudent angeli! – Maria foi levada por Deus, em corpo e alma, para o Céu. E os Anjos rejubilam!

Assim canta a Igreja. – E é assim, com este clamor de regozijo, que começamos a contemplação, desta dezena do Santo Rosário.

Adormeceu a Mãe de Deus. – Em volta do seu leito encontram-se os doze Apóstolos.

– Matias substituiu Judas.

E nós, por graça que todos respeitam, estamos também a seu lado.

Mas Jesus quer ter Sua Mãe, em corpo e alma, na Glória. – E a Corte celestial ostenta todo o seu esplendor, para receber a Senhora. – Tu e eu – crianças, afinal – pegamos na cauda do esplêndido manto azul da Virgem e assim podemos contemplar aquela maravilha.

A Trindade Santíssima recebe e cumula de honras a Filha, Mãe e Esposa de Deus... – E é tamanha a majestade da Senhora, que os Anjos perguntam Quem é esta?

Santo Rosário, 14

Assumpta est Maria in coelum gaudent angeli! Maria foi levada por Deus, em corpo e alma, para os Céus. Há alegria entre os anjos e os homens. Qual a razão desta satisfação íntima que descobrimos hoje, com o coração que parece querer saltar dentro do peito e a alma cheia de paz?. Celebramos a glorificação da nossa Mãe e é natural que nós, seus filhos, sintamos um júbilo especial ao ver como é honrada pela Trindade Beatíssima.

Cristo, seu Filho Santíssimo, nosso irmão, deu-no-la por Mãe no Calvário, quando disse a S. João: eis aqui a tua Mãe (Jo 19, 27). E nós recebêmo-la, com o discípulo amado, naquele momento de imenso desconsolo. Santa Maria acolheu-nos na dor, quando se cumpriu a antiga profecia: e uma espada trespassará a tua alma (Lc 2, 35). Todos somos seus filhos; ela é Mãe de toda a Humanidade. E agora, a Humanidade comemora a sua inefável Assunção: Maria sobe aos céus, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito Santo. Mais do que Ela, só Deus.

Cristo que passa, 171

A festa da Assunção de Nossa Senhora apresenta-nos a realidade dessa feliz esperança. Somos ainda peregrinos, mas a Nossa Mãe precedeu-nos e aponta-nos já o termo do caminho. Repete-nos que é possível lá chegar e que, se formos fiéis, lá chegaremos, pois a Santíssima Virgem não é só nosso exemplo, mas também auxílio dos cristãos. E perante a nossa petição – Monstra te esse Matrem (mostra que és Mãe) – não pode nem quer negar-se a cuidar dos seus filhos com solicitude maternal.

Cristo que passa, 177

Quando se dá a debandada dos Apóstolos, e o povo enraivecido rasga as gargantas em ódio a Cristo, Santa Maria segue de perto o seu Filho pelas ruas de Jerusalém. Não a arreda o clamor da multidão, nem deixa de acompanhar o Redentor enquanto todos os do cortejo, no anonimato, se fazem covardemente valentes para maltratar Cristo.

Invoca-a com força – «Virgo fidelis!», Virgem fiel! – e roga-lhe que os que nos dizemos amigos de Deus o sejamos deveras e a toda a hora.

Sulco, 51"

(Opus Dei)

sábado, 2 de julho de 2011

Informação Côr-de-Rosa.

Os senhores jornalistas portugueses, principalmente, os destacados para a cobertura de cerimónias de natureza Real ou Monárquica, não estão devidamente qualificados nem preparados para tal. Enquanto confundirem Monarquia com realeza, Serviço com privilégio e Função com estatuto, numa primeira instância, estão a informar mal, numa segunda, a contribuir para a intensificação do preconceito monárquico. Sugeria aos mesmos uma definitiva, transparente e moderna abertura da perspectiva social face a estes eventos mediáticos bem como face aos inúmeros e desenvolvidos regimes monárquicos no mundo.