...não digais muitas palavras... (Mateus 6, 7-15)
O Fidelíssimo não obedece ao novo acordo ortográfico.

terça-feira, 17 de junho de 2008

I Feira do Cavalo da Bairrada.

"A I Feira do Cavalo vai decorrer de 5 a 13 de Julho, no espaço Inovação, em Oliveira do Bairro. Vai contar com espectáculos desportivos e cénicos e poderá ser visitada todos os dias, das 9 às 24 horas. A Feira do Cavalo, organizada pela Câmara Municipal, pretende ser promovida a nível nacional e fará Oliveira do Bairro entrar no circuito de feiras deste género. A organização apostou na qualidade e diversidade, fazendo parte das actividades espectáculos equestres, concursos hípicos, touradas, festivais gastronómicos, entre outros. No programa destaca-se o Grande Prémio da Cidade de Oliveira do Bairro e a Gala Equestre do Centro Equestre da Lezíria Grande com o Mestre Luís Valença, que irá apresentar os principais números do maior espectáculo equestre do mundo de entretenimento para toda a família, "La Apassionata". A Escola de Toureiros da Azambuja também estará presente, com uma demonstração que lidará com duas novilhas seguida de uma garraiada popular. Destaque ainda para a Corrida de Touros com o cartel: João Salgueiro, Ana Batista, António Brito Paes, forcados de Montemor e Caldas da Raínha e os Touros da Herdade de Camarate. A boa gastronomia estará presente, com festivais gastronómicos diários. Também a cultura local será divulgada, da música ao folclore". (Diário Regional de Aveiro, 17 de Junho de 2008). É uma grande alegria ver esta nobre e bela Bairrada a crescer, evidenciando a sua cultura, a sua gente, a sua arte. Os meus sinceros votos do maior sucesso e de profunda admiração por todos quantos trabalham por esta tão bela terra, com a qual eu cresci também apaixonado. A Curia, com a sua verdura deslumbrante, as suas termas relaxantes, as vinhas a perder de vista. O magnânimo Palace hotel, rasgando a paisagem vinhateira, verde, azul e dourada. As quintas agrícolas apalaçadas de toda a região bairradina. Sangalhos, Oliveira do Bairro, Ois do Bairro, Malaposta, Mogofores, Anadia...Que saudades dos passeios que fazia de Casal Cadima, Cantanhede, da Casa dos meus queridos Avós, a estas tão charmosas paisagens da terra do Vinho e do Leitão...

Feira da Vinha e do Vinho em Anadia.

A Feira da Vinha e do Vinho em Anadia está a decorrer até dia 22, com um vasto programa musical e de actividades paralelas. Meu caro amigo, Francisco Canelas de Melo, Excelentíssimo Presidente da Real Associação de Setúbal, aqui fica o meu convite para a sua avalizada e acreditada opinião sobre este notório crescimento da nossa muito querida Bairrada, claro está, no que concerne à sua produção de vinho...(http://www.feiradavinhaedovinho.com/). Aproveito para, aqui neste espaço de profunda Portugalidade, e de grande paixão pela Sereníssima Casa Real Portuguesa, expressar o meu sincero agradecimento e admiração pelo teu enorme empenho, disponibilidade e entrega à nossa muito queredíssima Causa Real. Continuemos Fidelíssimo Amigo, persistentes, acompanhando S.A.R., o Senhor D. Duarte, Duque de Bragança!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

"O verdadeiro Português".

Um parafuso totalmente ferrugento pode parecer verdadeiramente inútil, mas apenas se não se precisar dele. As coisas têm o valor que nós lhes atribuímos. Se precisarmos delas, então são valiosas. É esta rica filosofia que torna interessante qualquer feira de velharias. Aqui vou centrar-me na de Aveiro, aquela que reúne ali aos Arcos…Destes à perfumada Praça do Peixe, encontramos toneladas de variedades, de todos os anos, de todas as áreas, de todos os estilos. Os vendedores não são pessoas que vivem do passado, mas que dignificam a história. Que avivam memórias, transportando os clientes muitas vezes até às tenras infância e adolescência. Numa bancada, cegava radiante um cinzeiro com as Armas Reais de Portugal. Não há nada mais distinto. A proprietária e vendedora parecia-me ser de uma visível humildade. Não diria que fosse uma conservadora, muito menos uma especialista ou avaliadora de antiguidades. Mas, ao interpelá-la, foi de uma surpreendente objectividade na definição do potencial cliente: “Este é para o verdadeiro Português”. É curioso como esta noção de que apenas a Monarquia confere a dignidade da Portugalidade (e o privilégio de ser Português) está enraizada na concepção de todas as pessoas…de todas as instruções...
Eu sou amigo da pessoa, não sou inimigo das vicissitudes que tem na vida.
O povo é na sua continuidade.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

A euforia vem afinal da UEFA.

Esta bandeira que agora se estende nas varandas, de norte a sul de Portugal, é, afinal, a bandeira da república ou a bandeira do futebol?

Concerto de J.S. Bach no Museu de Aveiro.

O DIRECTOR DO INSTITUTO PORTUGUÊS DOS MUSEUS E DA CONSERVAÇÃO, IP, A DIRECTORA DO MUSEU DE AVEIRO E O DIRECTOR ARTÍSTICO DO CICLO MÚSICA NO MUSEU DE AVEIRO CONVIDAM V.as Ex.as A ESTAREM PRESENTES NO CONCERTO J.S.BACH E SEUS CONTEMPORÂNEOS QUE TERÁ LUGAR NO MUSEU DE AVEIRO, NO DIA 14 DE JUNHO, PELAS 16H.

DUO
KRISTINA AUGUSTIN (viola da Gamba)
&
MÁRIO TRILHA (cravo)

PROGRAMA

UM MESTRE - Dietrich Buxtehude (1637-1707)
Sonata em Ré maior para viola da gamba e baixo contínuo
UM AMIGO - G. Ph. Telemann (1681-1767)
Sonata em La menor para viola da gamba e baixo contínuo
Largo - Allegro - Soave – Allegro
EXTRAORDINÁRIO COMPOSITOR - J. S. Bach (1685–1750)
Fantasia cromática e fuga BWV 903
Sonata em Sol maior BWV 1027 para viola da gamba e cravo
Adagio - Allegro ma non tanto – Andante - Allegro moderato
UM ALUNO - Carl Friedrich Abel (1723-1787)
Sonata em Sol Maior para viola da gamba e baixo contínuo
Moderato – cantabile - Vivace

terça-feira, 10 de junho de 2008

Euro 2008 - Portugal, Nova Roma...

Numa altura em que, numa histeria nacional, todos torcem por quem já tem tudo (pelo menos materialmente), o meu pensamento e a minha solidariedade vão para os que, por estes dias, estão nos piquetes de greve, defendendo os seus postos de trabalho e a sua viabilidade. Para pôr comida quente em cima da mesa. Queira o governo da república saber que não é a futilidade da bola, tão promovida pelos meios de comunicação social, que me afasta da preocupação por Portugal. Pelos trabalhadores e pelas suas famílias. Este não pode ser um periodo de estado de graça para um governo que deixa Portugal como o encontrou. Pior na moralidade. Fosse igual o entusiasmo do Povo Português pelo desenvolvimento da Nação e pela cidadania como o entusiasmo pela bola. Que tristeza. Triste Povo contente com a bola e a cerveja, embriagado para esquecer o saque que passivamente vai permitindo. Triste Portugal, qual Nova Roma.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

O MOSTRENGO



"O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou trez vezes,
Voou trez vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-rei D. João Segundo!»

«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou trez vezes,
Trez vezes rodou immundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-rei D. João Segundo!»

Trez vezes do leme as mãos ergueu,
Trez vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer trez vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quere o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
D' El-rei D. João Segundo!»"


"O Mostrengo", integrado na Mensagem de Fernando Pessoa, penso ser emblemático da Coragem Portuguesa e da força da Lealdade ao seu senhor, seu Rei. A força brutal, invencível da fibra portuguesa, à descoberta do mundo, de outros povos e de outras culturas. Indiferente às certas adversidades, implacáveis do infindável e temido Mar. Tremendo, mas fidelíssimo. Por isso, determinado. Incontornável. Incorruptível. Português. A fibra que fez Portugal e o seu Reino e Império. Levando a Cruz de Cristo pelo mundo fora. Como não ficar arrepiado por este singular rasgo de Patriotismo? Que ousou assinar o nome de Portugal numa folha tortuosa e temível...Penso que mais que a leitura deste precioso texto, recordando Pessoa, é elogiá-lo, seguindo o exemplo do Homem do leme. Seguindo o seu Rei. Elevando o nome de Portugal!