Hoje, errar pela Ereira é não menos encantandor e, na ritmada sociedade moderna, é não menos nobre. Como a Rainha Santa Isabel, também eu me submeto nestas terras, embora não pareça, para uma certa elevação espiritual, na procura de uma isenção da vivência corrupta a que a vida nos obriga. Procuro sentar, parar e ouvir os "cartachos". Não pago nada e ascendo. Em Santarém montei o "Duque", cavalo inteiro de vinte e poucos anos, inteligente mais que o suficiente para me ensinar a dressage com sinais de alta escola...pus os pés nos estribos à Rei D. Carlos e deixei-me aprender...Em Santarém montei, mas foi em Almeirim que tirei a "Alternativa", típico vinho rosé do pioneiro da sopa da pedra: "O Toucinho". Sopa forte mas cativante, bastava de dois repastos para uma senhora esguia da Linha...poderosa...o Pão, gerado na casa, foi de realce...pesava na mão, com duas fatias de presunto de porco preto já não me passava na goela...pesado e consistente, haveria de ser cozido com a Cruz de Cristo. A orelha e o rim de porco chegaram-me grelhados, e foi com a ajuda da dialéctica que ornava na mesa. À minha frente uma cabeça de toiro com seiscentos quilos...abstive-me de sobremesa e tudo isto foi uma autêntica pega de caras. Nobre, Belo e Leal Ribatejo...venha, mas pegue de cernelha...
quinta-feira, 28 de maio de 2009
O chilreio do cartacho.
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